Felicidade no Trabalho: O que torna uma organização feliz?
Felicidade no Trabalho: O que torna uma organização feliz? → diversos autores definem uma organização feliz como aquela em que cada indivíduo, em todos os níveis hierárquicos, possua um conjunto de pontos fortes, trabalhe em equipa para atingir um objetivo comum, conquiste a satisfação quando desenvolve novos projetos/produtos/serviços e que, com isso, consiga proporcionar uma diferença positiva na vida dos outros.
A felicidade é um conceito que cada ser humano procura alcançar na sua vida, mas será que também é possível de o vivenciar no local de trabalho?
A verdade é que existem várias coisas que nos fazem felizes, como a família, os amigos, o dinheiro, etc e a felicidade no trabalho raramente se encontra incluído nessa lista. Passamos ⅓ da nossa vida a trabalhar, por isso qual a razão de não o considerar também como uma fonte de prazer e felicidade?
O que é a Felicidade no Trabalho?
Primeiro, devemos então começar por tentar definir, de forma abstrata, o que é a felicidade – todos temos personalidades e características distintas, logo o que nos faz feliz não será necessariamente o mesmo para os outros. A felicidade, não é mais nem menos do que um estado de espírito positivo, que nos motiva e nos deixa mais otimistas para encarar qualquer desafio que possa surgir.
Em contexto organizacional, essa felicidade está principalmente dependente dos colaboradores, uma vez que constituem maior parte dos profissionais da empresa. Porém, numa organização, onde os gestores têm mais do que uma geração nas suas equipas, torna-se desafiante encontrar as melhores práticas que os farão a todos igualmente felizes no local de trabalho.
Se a felicidade no trabalho for estabelecida como objetivo central a ser atingido na empresa, então é importante que todas as partes envolvidas tenham a consciência de que o mundo profissional está em constante mudança e que os colaboradores estão cada vez mais exigentes relativamente às condições de trabalho.
A felicidade organizacional/ felicidade no trabalho tem o potencial de se tornar numa estratégia vantajosa de gestão de recursos humanos ao minimizar as taxas de turnover e de absentismo. Além disso, pode alimentar o sentimento de realização e integração dos colaboradores para com a organização, contribuindo para melhores desempenhos organizacionais e maior retenção de talento.
Mas afinal, o que devemos fazer para que os colaboradores vivenciem felicidade no trabalho?
Tudo começa pelo ecossistema organizacional, ou seja, descobrir qual a melhor maneira de otimizar a felicidade dos colaboradores. Mais importante ainda, é crucial a presença de líderes conscientes que possam criar as condições necessárias para que as suas próprias equipas tenham sucesso em conjunto, num ambiente de trabalho rico em autonomia pessoal, segurança psicológica e transparência. Os líderes devem-se esforçar para implementar o bem-estar e sustentar o desenvolvimento dos colaboradores.
Para tal, devem-se focar nestes fatores, uma vez que influenciam o nível de felicidade organizacional:
- Ambiente interno: Os colaboradores passam 90% do seu tempo no escritório e, por essa razão, é importante a criação de espaços de trabalho que sustentem a sua criatividade e o seu bem-estar. Para tal, os líderes devem apostar em espaços diferenciadores e saudáveis para que esse bem-estar positivo seja proporcionado, fomentando, desse modo, a felicidade no trabalho.
- Desenvolvimento pessoal: Ao apostar em sessões de formação, workshops, seminários e até mesmo sessões de coaching, as organizações podem ajudar os seus colaboradores a se tornarem mais competentes, tanto a nível comportamental como a nível técnico.
- Definição de objetivos atingíveis: Caso os objetivos organizacionais definidos forem difíceis ou quase impossíveis de se concretizarem, os colaboradores irão se sentir desmotivados no seu trabalho, o que não trará bons resultados para o desempenho organizacional. Com a identificação de objetivos alcançáveis, a motivação vai continuar presente e a felicidade no trabalho irá, consequentemente, se revelar.
- Reconhecimento e confiança: Como já foi referido, a motivação é um forte condutor da felicidade organizacional. Se os colaboradores demonstrarem esforço e bons resultados, é importante que tal empenhamento seja reconhecido pelas chefias. Além disso, é também fulcral que lhes seja dado autonomia no desempenhar das suas funções, para que o sentimento de autoconfiança acresça. Com isso, a felicidade organizacional irá se amplificar.
- Equilíbrio entre a vida profissional e pessoal: A felicidade organizacional só será possível se a felicidade pessoal seja também nutrida. Portanto, possibilitar o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, através de horários mais flexíveis, por exemplo, é meio caminho andado para proporcionar a felicidade no trabalho.
- Remuneração: A remuneração monetária é, em maior parte dos casos, o que realmente motiva os colaboradores a darem o seu melhor e contribuírem com o seu esforço para o bem organizacional. Portanto, assim como na questão do reconhecimento, é importante que o valor salarial corresponda ao esforço demonstrado nas tarefas executadas para não ocorrer a insatisfação com o trabalho e possível abandono da organização.
Estratégias para criar felicidade no trabalho e tornar uma organização feliz
Se o objetivo é colocar a uma certa organização no ranking das melhores empresas para se trabalhar, é de realçar o investimento na felicidade no trabalho ao implementar as seguintes estratégias:
- Clima Organizacional
O primeiro passo para melhorar os índices de felicidade no trabalho passa por avaliar o clima organizacional. Tal pode ser feito por pesquisas ou até mesmo um diagnóstico sobre a retenção, satisfação e motivação dos colaboradores, sendo que, para uma melhor análise, este processo deve ser efetuado pontualmente.
- Gamification
Gamification – ou em português, gamificação – tem por base a criação de jogos com recompensas que retém os seus utilizadores para que estes melhorem o seu desempenho. Este termo pode transformar partes do trabalho em atividades mais recompensadoras ao motivar os seus colaboradores e, com isso, torná-los mais eficientes e felizes no trabalho.
- Teletrabalho
Após a pandemia vivenciada nos dois últimos anos, várias empresas permitiram o home office, seja de forma parcial, em regime hibrido, ou contratando já pessoas que nunca vão trabalhar presencialmente. Isso significa que as horas outrora passadas em deslocações poderão ser direcionadas para outra atividade nada relacionada com o trabalho, sendo que permitirá que a empresa minimize também os seus custos (para mais informações acerca dos benefícios do trabalho hibrido para as organizacionais, consulta o nosso artigo “Trabalho Hibrido: Vantajoso ou não para a produtividade das empresas”) Contudo, para que a produtividade não se torne irregular, é importante que o colaborador esteja verdadeiramente envolvido com a organização e que se estabeleçam regras para que este novo regime de trabalho funcione com sucesso.
- Prémios por desempenho
Dar dias extra de folga ou até recompensas monetárias por objetivos alcançados com certeza irá aumentar a felicidade dos colaboradores. A motivação, quer intrínseca ou extrínseca, é importante para a felicidade organizacional, pois esforço sem reconhecimento, no longo prazo, não irá beneficiar ninguém. Não é obrigatório que essa recompensa seja um bónus monetário – por vezes, um elogio é o necessário para que o colaborador fique motivado e, com isso, feliz na sua organização.
- Construir uma cultura de inovação
Construir uma cultura de inovação não é mais nem menos do que oferecer um ambiente de trabalho flexível e dinâmico, onde novas ideias são bem-vindas e os colaboradores têm o apoio que necessitam nos seus projetos. Este ambiente depende muito de uma hierarquia mais democrática, menos autoritária e rígida, de uma liderança inspiradora e carismática e ainda de métodos de trabalho colaborativos.
Conclusão
Em suma, as organizações são as pessoas e todas elas contribuem para seu sucesso. Logo, para que a felicidade organizacional seja algo concretizável, os gestores devem apostar na criação de horários flexíveis, adoção de home office/trabalho hibrido e até mesmo a implementação de tecnologias que agilizem a gestão de tarefas.
Depois disto, estás preparado para tornar a tua organização feliz com felicidade no trabalho?